quinta-feira, 30 de abril de 2009

Adriano Moreira dixit


“A ideia de que o tempo se conta em unidades de vida aconselha a admitir que a única coisa que se pode fazer com o tempo é não o perder e que o tempo, por sua vez, faz implacavelmente a sua obra de esgotar as nossas unidades de vida: de vida feliz, de vida inquieta, de vida sofrida, de vida suspensa, de vida perdida. Em todo o caso, com o amparo de que não envelhece quem envelhece ao nosso lado (os amigos, os filhos, a mulher amada), passa o tempo consumindo as nossas unidades de vida. Vincaram-se as rugas, amortece a luz do olhar, ficam lentos os passos, mas nunca se extingue um sorriso que regressa, um gesto que se reencontra, uma mão que subitamente aperta a nossa com firmeza, cúmplice, calorosa, companheira, sempre jovem.”

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Da escuridão para a luz

Bronislaw Jankowiak
Stanislaw Dubla
Jan Jasik
Waclaw Sobczak
Karol Czekalski
Waldemar Bialobrzeski
Albert Veissid

Sete SERES HUMANOS.

Vocês EXISTIRAM enquanto SERES HUMANOS
Vocês EXISTEM, na minha memoria, e na dos homens.

Vocês venceram.
E eu celebro a vossa vitória.

Link.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

EU Profiler

Bem
Do Diário da Mulher Aranha, apanhei isto:

EU PROFILER!

Cliquem para abrir: Indo ao que interessa: em quem votar, porquê, que opiniões nos aproximam mais deste ou daquele partido do espectro político (espectro político também se diz em português?


O Itálico é citação Ipsis Verbis do referido blog.
Estou preguiçoso >:D

E sim, fico bastante alinhado com o PS - um bocadinho de nada mais a direita (lib-dems rule! O Partido que é mais parecido comigo é o partido Liberal Democrata Filandês!)




domingo, 26 de abril de 2009

Temos uma Plantinha!

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril

Wee...
Já tenho o Cravo na Lapela :D

sexta-feira, 24 de abril de 2009

I have found - you can find - hapiness in slavery

Estou de férias.
QUE SECA
Teve de ser, dias para queimar, ou fico sem eles
Hoje o tempo nao está famoso para ir a praia
Vou seguir a recomendação da minha metade, e vou explorar, por ai
Weee

:D

É UMA SECA MAS DEIXA-ME FELIZ!

Petit Kitchen

Ei darling, o frigorifico é suficientemente grande para eu por tudo o que preciso lá dentro
E a louça, lavo-a à mão
Já a roupa, não

Mas o importante é:
Aquele mármore é facil de limpar :D

terça-feira, 21 de abril de 2009

"O sorriso dentro de uma lágrima"

Tive a sorte, pela segunda vez, de ouvir falar o António Lobo Antunes. Fala baixo, fala pouco e fala bem. O que disse hoje naquele colóquio onde se discutia a velhice e a "doença" da solidão foi um improviso literário. Metido no seu olhar azul, aberto e espantado como o dos loucos, ia dizendo que morava num bairro pobre cheio de pequenos comércios, de pequenos cafés e de pequenos marginais e que um dia, jantando num dos restaurantes da zona, topa uma senhora velha e coquette, que manuseava os talheres com aprumo, "cheia de mindinhos" (e dizia, num aparte, que "há pessoas que só têm mindinhos").
E o empregado, a quem Lobo Antunes elogiou a delicadeza, a civilidade e a beleza antiga que ainda vislumbrava no seu olhar azul, informou-o que aquela senhora era uma actriz dos tempos do António Silva, que vinha a pé da Estefânia, onde morava, e jantava ali todos os dias. Confidenciou-lhe que era uma mulher que mantinha "os horários dos seus tempos de glória", deitando-se já de madrugada.
O escritor levanta-se. Aproxima-se. Pergunta-lhe: "Dá-me licença que lhe beije a mão?" Ela dá. Ele beija-lhe a mão. Senta-se na mesa e ficam os dois a falar. Mas o escritor não se fica por aqui. Pede-lhe também um sorriso e nisto a senhora baixa os olhos e retira um espelhinho da carteira, onde mira o estado da pintura. Então sorri. A sua boca pareceu ao escritor "uma copa de carta de jogar": "Aquele sorriso estava dentro de uma lágrima e foi o sorriso mais bonito que me deram." E naqueles instantes, a mulher ficou sem rugas e era de novo jovem e loura.
Foi um pouco disto que falou depois Adriano Moreira quando, numa intervenção lúcida e sábia, afirmou que é urgente olhar para "as histórias de vida" e sobrepô-las a uma mera visão "estatística e grupal" que se faz sobre as coisas. E insistia (porque nos esquecemos disto com demasiada frequência) que cada homem e cada mulher é um fenómeno que não se repete na história da humanidade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Lisboa, Encruzilhada de Livros



O programa «Lisboa, Encruzilhada de Mundos» (LEM) estará na Feira do Livro de Lisboa, entre 30 de Abril e 17 de Maio, com um pavilhão não de venda mas de troca de livros, em várias línguas, numa parceria com a comunidade Bookcrosser.

Neste pavilhão de troca de livros, de memórias, leitores não apenas portugueses mas das várias comunidades que habitam Lisboa são convidados a integrar esta biblioteca global.

No future, no Future for you and me

These are tough times. It's not really survival of the fittest though, is it?
Survival of the most adaptable perhaps. Or survival of those lucky enough not to
have been figured out by a machine yet.
I saw a bunch of people using those
self-service check-outs the other day in a supermarket and it brought me back to
my thoughts on why the future will fail. As it is, there just isn't enough for
us all to do in terms of actual chargable work. Some of the crazy dumbass
businesses people set up and call work don't survive a recession. Sure, they can
often make people's lives easier or, more usually, make other businesses more
efficient or stronger or, alternatively, less accountable for their actions
simply by creating more links in that chain.
But, when things get tight, many
of those not-really-businesses get dumped.
And, as this is going on, there
are a lot of people out there whose business it is to try to find ways of
putting other people out of it. Like the people who invented the self-service
check-out machines.
But what future does that lead to?
A future where,
eventually, most people are replaced by machines, computers, efficient systems.
Those people are waste. They will be piled upon more waste until whole cities
will become ghettos. Maybe all cities, except for small areas of London, Tokyo
and a large chunk of New York. And it's not like those people are going to have
fantastic lives either. Yes, they'll have lovely houses in the Hamptons. Caviar,
assuming all fish aren't extinct. They'll have power, something not guaranteed
to the waste class when the fuel sources run out. And, with a good deal of
fertility treatment, perhaps a child. Even two.
But they'll live in fear.
Fear that the waste class, the filth, will get so angry one day and have so
little to lose that they'll just snap. And they'll take the world
back.
That's the future.
What happened to those futuristic dreams of
living in a nirvana? Silver cities in the sky? Well, those were built on a
premise that turned out to be false. The idea that, when we are replaced by a
computer or machine, that we then get to live in paradise, exploring art, music,
philosophy together. But, as it happens, when a person is replaced, he is dumped
on that scrap heap. Someone at the top rubs his hands, having just got that
little bit richer. He smiles, not seeing that dark future hurtling towards him.
And, quite honestly, if he does see it, he doesn't give a fuck.
He'll die
rich. Let the rest of the world fend for itself.
Who cares about the future?


Link.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Keep Sandman Alive.

Everywere

Oh my
Im running down the hill, so very fast
And the wind goes like this "daisies, daisies, yellow daisies!"
And I can't feel the grass, but it does smell so good!
And... cinnamon cakes!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Disturbing

o.o

Epah.

Não sei o que será mais esquisito.
Este link.
Ou o facto de ser o meu melhor amigo a mandar-me isto.
Ou o facto de eu até gramar de ter amigos assim.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Puntz Puntz Puntz

Love, love is a verb

Confissões do Lelo.
You may point and laugh

  • O Leo não sabe andar de bicicleta.
  • Gosto de Robbie Williams. E ultimamente, ando a desenvolver um gosto por Marco Paulo
  • Sou altamente meloso.

domingo, 12 de abril de 2009

Long Tom Arty

Bem, a gente do Norte é definitivamente demente - Desde quando é que se começa a lançar fogo de artificio a partir das seis da manhã?

Mas gostei do Sarrabulho.
E se aquele era o frio do Norte.. bem, já vi pior.
E descobri que ma chére tem olho para bixinhos - mesmo que estejam ligeiramente... digamos, espalmados por um carro!

E há bons modelos de negócio.
E comida de Fusão já chegou a Guimarães.
E
Foi um bom fim de semana.

NEXT: Estudar NIN em Paredes de Coura.
Mas antes o Colchão.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

J'Accuse: campanha de Terror contra os eleitores


Estava eu a manobrar placidamente o volante para entrar na N117, quando deparo, em sobressalto, com a Manuela Ferreira Leite estampada num cartaz gigante. Fui perfidamente apanhada numa curva. Aquilo assusta. É perigoso. Onde estão os avisos luminosos para os condutores incautos? "Atenção! Rosto assustador a 50m".
Já me tinha custado recuperar, há uns dias, da visão ignóbil do gigantesco bigode de piaçaba do Vital Moreira estampado num cartaz à entrada da minha área de residência. E estrategicamente colocado noutra curva (o marketing deve saber explicar isto).

Gran Strategy

"Life's a battle I ain't planning on losing"

terça-feira, 7 de abril de 2009

Debt Mathematics for Dummies

Jesus Cristo nasceu no ano 0.
Estamos em 2009.
Assumindo que cada ano teve 365 dias (falso por causa dos anos bissextos), então temos:

365 x 2009 = 733.285 dias.

Assumindo que tinhamos vivido esse tempo todo, e gasto 1.000.000USD por dia (uma quantia superior ao que cada um de nós vai ver em toda a sua vida, por mais que trabalhe honestamente), então teriamos gasto 733.285.000.000.
Este número de DOZE dígitos lê-se assim: Setecentos e trinta e três mil, Duzentos e Oitenta e Cinco Milhões.

Muito?

A dívida nacional Americana (aquela que causou esta pequenaaaa crise) é de 11.161.594.000.000.
Isso é cerca de onze Triliões. Nos Estados Unidos têm um "Relógio" para monotorizar a dívida.
http://www.brillig.com/debt_clock/

:)
A dívida Portuguesa é mais pequenina, apenas uns 160.000.000.000€
O que dá "apenas" cerca de 16.000€ por Português.
Aquilo que eu pergunto é:
Onde está o benefício dessa dívida, que foi pedida em nosso nome?
Onde?

Ninguém no entanto, parece preocupado.

Apesar de na prática, esses 16.000€ de dívida do Estado, equivalerem a 16.000€ de impostos que o Estado me vai cobrar ao longo do periodo de Maturação da Dívida (15-20 anos).

Ultimamente ninguém fala da obcessão do défice.
Acho que devemos falar nisso - porque eu não estou obcecado, estou genuinamente preocupado.

KEIN MITLEID

AHAHAHHA

IT'S the house that costs €16,000 a month to run and it brought its owner to tears in a court yesterday.
A former general election running mate of Taoiseach Brian Cowen who has admitted making secret profits from land deals wept as he detailed to a judge how great his household expenses are



Ohh.
Pobrezinho.
Depois de roubar o Zé Povinho, está tristinho porque não tem dinheiro para pagar as contas de casa.
Por favor.
16.000€ por mês?

Sturm & Drang II

Bem
Estou aqui.
E um bocadinho revoltado com a "crise". Fundamentalmente porque tive uma educação superior altamente Liberal, e acreditei realmente... bem, creio que acreditei na bondade fundamental dos principios que me transmitiram. E tambem acreditei na bondade fundamental nos que os transmitiam - Claro, sempre vi avisos, que descontei como sendo alarmistas, achava-lhes piada, mas é só isso.
Mas agora
Acredito mais.

Enfim.
Sucede que li isto, e identifiquei-me:

The shock we’re feeling today is like the shock and rage a wife feels after her husband is arrested on 152 counts of child molestation spanning three decades. How could we not know, when it’s been going on every day, every year, right in front of us?

If we’d cared to look around us at any time since the Reagan Revolution, we’d realize that the CEOs, billionaires and finance stars are behaving no differently today than they have been for nearly three decades. When we look back, what will pain us most is the way we admired the billionaires even as they brought about our ruin, turning them into TV celebrities and magazine-cover heroes, worshipping them like rock stars right up to the end.

I've got mail

Uma coisinha gira que recebi no meu mail:

A SIC montou uma gigantesca campanha de promoção para a sua nova série/novela/monte de merda, que dá pelo nome de Rebelde Way.
Depois de anos a apanhar bonés, percebeu que a melhor maneira de combater a morangada da TVI era...imitar. É lógico. Era inevitável.
Depois de 20 minutos a ver a nova série (o que me provocou uma crise de cólicas da qual só um dia depois começo a recuperar) sinto-me preparado para uma análise.
Bora lá. A fórmula é a mesma nos dois canais. Aqui fica a receita:

1 - Pitas boas. Muitas, quanto mais descascadas melhor (as séries de verão são, naturalmente, as melhores, porque eles vão todos juntos para a praia).

2 - Gajos "estilosos". A coisa divide-se em dois: há aqueles que têm quase 30 anos mas fazem de adolescentes, e depois há os que são mesmo adolescentes. Estes últimos são aqueles que se levam a sério enquanto "actores".
O requisito essencial para qualquer gajo que entre nestas séries é ter um penteado ridículo.

3 - O Rebelde Way tem gajas do norte. Fazem de gajas daqui, mas aquele sotaque é fodido de perder. Fica ridículo, mas as gajas são boas.

4 - Nos Morangos, a palavra "pessoal" é dita 53 vezes por minuto, normalmente inserida nas frases "Eh pá, pessoal!", no início de cada conversa, ou então "Bora lá, pessoal", antes do início de qualquer actividade.

Agora vamos à bosta que a SIC acabou de parir, com pompa, circunstância, varejeiras e mau cheiro. Chama-se Rebelde Way. Cool, man! O slogan dos Morangos era "Geração Rebelde", mas a inspiração deve ter vindo de outro lado, de certeza. O que me irrita na poia da SIC é que os gajos são todos betinhos (até os mânfios são todos giros e cool e com uma caracterização ridícula, como se fossem a um baile de máscaras vestidos de agarrados ou arrumadores de carros). Mas depois são bué rebeldes. São bué mauzões, man! A brincar com os seus iPhone, com as suas roupinhas fashion, grandes vidas, mas muita mauzões.
Se há algo que esta geração de morangada não pode ser, não tem direito a ser, é ser rebelde. Rebelde porquê, contra quê? Nunca houve em Portugal geração mais privilegiada do que a actual, à qual esses putos pertencem. Nunca qualquer puto teve tanta liberdade e tanta guita no bolso como esta malta. Nunca as pitas foram tão boas e tão disponíveis para foder com a turma inteira como agora. Nunca houve tamanha liberdade de mandar os pais à merda e exigir uma melhor mesada porque é altura dos saldos. Rebelde porquê? Em nome de quê?

É claro que isto são pormenores com os quais as novelas não se deparam, nem têm de o fazer. O objectivo é simples: para uma geração tão privilegiada como aquela que é retratada, há que criar uma rebeldia fictícia, porque não é cool ser dondoca aos 16 anos. Mas é o que todos eles são.

Há uns tempos vi, no Largo do Carmo, um bando de uns 15 putos e pitas, vestidos à "dread" com roupinha acabada de comprar na "Pepe Jeans".
Um dos putos que ia à frente, não devia ter mais de 16 anos, vem a falar à idiota como se fosse dono da rua, saca duma lata de tinta e escrevinha qualquer coisa de merda na parede. Todos se riram, todos adoraram, e ele foi, durante cinco minutos, o maior do bairro. Não fiz nada, mas devia ter-lhe partido a boca toda.
Todas as últimas gerações antes desta (incluindo a minha, a Geração Rasca, que se transformou na Geração Crise - bem nos foderam com esta merda) tiveram de furar, de lutar, de fazer algo. Havia uma alienação mais ou menos real, que depois se podia traduzir nalguma forma de rebeldia. Não era o 25 de Abril como os nossos pais. A nossa revolução é a dos recibos verdes e da consolidação orçamental. Mas esta morangada sente-se, devido à merda que a televisão lhes serve e aos paizinhos idiotas que (não) a educaram, que é dona do mundo. Quando já és dono do mundo, vais revoltar-te contra quem? E por que raio haverias de o fazer?!
E assim vamos nós. Com novelas de putos "rebeldes", feitas por "actores" cujo momento de glória é entrar numa boys band ou aparecer de cú ao léu na capa da FHM, ensinando a todos os outros putos que temos que ter cuidado com as drogas (mas todos os agarrados são limpinhos, assépticos, com os mesmos penteados ridículos), que a gravidez adolescente é má (mas todas as pitas querem foder à grande, porque são donas da sua própria vida e os pais não sabem nada, etc) e que, sobretudo, este mundo lhes deve alguma coisa.
Os tomates.A mim e aos meus, o mundo deve alguma coisa. Aos que foram atrás da merda do canudo para trabalhar num call center, aos que se matam a trabalhar e são forçados a ser adultos antes do tempo. Não a esta cambada de mentecaptos.
E depois estas séries vão retratando "problemas sociais da juventude", afagando a consciência de quem "escreve" aquela merda, enquanto ao mesmo tempo incentivam esta visão egocêntrica, egoísta e vácua desta geração acabadinha de sair do forno.
Talvez eu esteja a ficar velho e a soar como o meu pai. Lamento se não é cool. Mas esta merda enoja-me.

Ser rebelde pó caralhete.