Já estão grandes, os dois pombinhos, mas ainda fazem uma chinfrineira colossal quando a mãe pomba chega para lhes dar a comida, literalmente, à boca. A bicha abre o bico e é impiedosamente bicada goela abaixo, numa agitação desenfreada, pelos filhos pombos. Há um maior e mais afoito do que o outro, que não se escapa para o refúgio de plantas quando me vê. Fica empoleirado no vaso do canteiro, com aquele movimento mecanizado do pescoço, para a direita e para a esquerda, para cima e para a direita outra vez, sempre a fitar. Os pombinhos já têm corpinho para voar, mas ainda não deram o salto. O maior põe-se à beira da varanda e olha lá para baixo. Mas não creio que vá saltar ainda. Estava só à espera da mãezinha.
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